Foto de Eugênia Câmara

Eugênia Câmara

Nascida em 1961, Maria Eugênia Câmara Alves é advogada de formação. Ao completar 60 anos, a veia de escritora falou mais alto e resolveu investir no seu sonho: escrever crônicas. Foi então, que nasceu a Eugênia Câmara. Participou da Oficina de livre escritores da Metamorfose, onde colaborou com um conto no livro de coletânea "De volta aos anos oitenta". Frequentou as seguintes oficinas da Santa Sede: Aperitivo (2020), Oficina Santa Sede safra 2021, participando com nove crônicas e, finalizando, fez parte dos alunos do Mosaico 2021.

Raízes

Hoje, ao fazer minha caminhada matinal, uma árvore me chamou a atenção. Parei para olhá-la pois sua aparência era diferente. Estava inclinada com seus galhos

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Arlequim

E então, lá estava ele sentado naquele banco da Praça da Alfândega. Olhava ao seu redor como quem quisesse algo diferente, extraordinário talvez. De repente,

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Demências

Escrevo com a mão, o corpo e a mente. Dizem que sou demente, Mas demente, não sou não, Também dizem que sou doente, Só se

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Eu e ele

Lá fora, o sol nascia. Seria um lindo dia de claridade plena, daqueles de acalentar a alma e queimar a pele. Levantou-se. Com suas mãos

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Água

Na sua vivência de três meses de idade, Mariana colocou a mãozinha rechonchuda na água gelada. Ouviu-se um gritinho e depois um choro. Era algo

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O desabafo de uma cã

Oi! Aqui estou eu, dedilhando, com minhas patinhas, meu desabafo. Por escrito, porque não tenho voz. Só sei latir e meus latidos são incompreensíveis aos

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Nem Maria, nem Larissa

Nem Maria, nem Clarisse. Tampouco Ana ou Larissa. Quiçá senhora, ou senhorita. Rendeira ou camponesa? Talvez uma boia fria. Quarenta, cinquenta ou sessenta? Com certeza

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E então ele partiu…

Na suavidade de suas asas, ele veio planando e pousou num simples galho. Fino, sem estabilidade e na água. Não caiu. Não se permitiu a

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Palavra com uma única sílaba, abstrata. Forte para quem crê e insignificante para os descrentes. Fale de fé para quem tem fome, quem está numa

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Foto 7 – Farol – Marcelo Leal

O eco da vida

“Os olhos são o espelho da alma”, dizem os etéreos poetas. Não me considero uma poetisa, apesar desse dom estar em fase embrionária dentro das

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Foto 10 – Laçador – Gilberto Perin

Tradições

Somos um povo garboso, Usamos bombacha, guaiaca e faca, Escondido dentro do cinto ou talvez no tirador, O chapéu com barbicacho combina com o Chiripá,

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Foto 5 – As Batucas – Lia Zanini

Infância

Para aqueles que não sabem, Armando Câmara cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, atual Faculdade de Direito da

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Foto 6 – Nega Lu – Tom Saldanha

Nosso próprio tempo

Ao ver a foto da Nega Lu desenhada na parede lateral de uma casa, minhas lembranças viraram do avesso, como pipocas numa panela. Sem saber

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Foto 8 – Forte Apache – Guto Monteiro

Histórias de paredes

Presente, passado e futuro se misturam quando se trata da memória de um povo, e nós gaúchos, temos uma história linda para ser contada. Porto

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Foto 9 – Castelinho – Germano Preichardt

Dores e amores

Ah, o amor! A paixão costuma deixar as pessoas cegas, surdas, mudas e, digamos, desprovidas de inteligência. Seres humanos nesse estado costumam ficar teimosos, não

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Foto 4 – Largo dos Açorianos – Leonid Streliaev

De salto e barbicacho

Dizem que gaúcho não costuma levar desaforo para casa. No passado duelavam por qualquer fato, desde a honra até para desposar uma dama. Inadmissível uma

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Foto 3 – CCMQ – Ricardo Stricher

Porto Alegre

Pelas ruas da cidade Olho ao meu redor Retalhos de saudades Trago no meu peito Oro à Virgem Maria < p align=”left”> Abençoe esse lugar

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Foto 2 – Bolha de sabão – Iara Toninandel

Perfume de uma alma perdida

Na bolha de sabão guardei meus sentimentos. Na bolha de sabão deixei minhas dores. Na bolha de sabão depositei minhas esperanças. Na bolha de sabão

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Foto 1 – Gasômetro – Ricardo de Bem

Memórias do pôr do sol

Depois de colocar o último item dentro da mala, fechou-a e a levou até a porta do quarto do hotel. Ligou para recepção dizendo que

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