Uma baleia me faz voar

Não existe nada que me emocione mais que os saltos das baleias do bailado emerge um poder de força de beleza de alma de músculos de insano creio que por não termos ainda o alcance essencial de ser que as baleias tem. O dançar e o colorido de uma enorme bolha de sabão me lembra a alegria infantil de conquista de conseguir e me traz a gratidão da meninice na escola na rua de casa na brincadeira de praia pois a bolha flanando captura sem prender se depreender o sujeito de direitos e compartilha abraços sorrindo o colorido da existência de mais uma manhã de muitas vidas a quem a bolha de sabão ilumina sem enforcar engolfar enrolar só iluminar mesmo com cores indescritíveis como um arco íris ainda nunca visto a olho humano. Tem um filme que diz “todos os males, todos amores, estão dentro de você“. Baleias e bolhas de sabão me lembra o algo indizível que vive tão incrivelmente enraizado em nós dando frutos e flores perturbando como também o coração dos homens e mulheres que tem também tantos amores e tantos males que espanta que partem vidas por mal ou por amor e faz chorar ao ser encantada pelo vulto que salta do mar ao ar porque simplesmente pode porque é baleia e porque as amo. Em um livro Mia Couto faz a seguinte pergunta: “-consegues escrever sem primeiramente te encantares?”. Espero pelo encanto sempre. Escrevo porque a fotógrafa Iara capta o encanto da bolha de sabão e seu gingado e sua trupe de seres viventes brincando por dentro dela sem deixar que sejam somente transeuntes da Redenção de Porto Alegre ou somente uma bolha enorme de sabão. Somos mentes e somos infinitas leituras de um dia vivendo ao sol.

 

 

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