Os raios de sol, o céu azul, o aroma de café, pão e queijo frescos faziam parte do convite para despertar e partir para a caminhada em direção às montanhas.
Na fronteira entre a Alemanha e Áustria lá estão elas majestosas na região do Tirol que se estende até o norte da Itália.
Animados, seguíamos por trilhas belíssimas naquela semana dedicada a longas caminhadas. Dois participantes do grupo cuidaram do planejamento. A cada dia verificávamos os mapas e partíamos para o novo desafio. A excitante aventura incluía paisagem com bosques e florestas, lagos, vacas com sinos no pescoço, construções em madeira e em pedra, flores e picos nevados. Também havia muitos personagens.
Pelo caminho encontrávamos casais jovens e idosos, trilheiros solitários ou em grupos e pais ou mães carregando seus bebês em mochilas com cadeiras. Praticamente todos nos saudavam com um sorriso no rosto que também era prontamente devolvido. O bem-estar estava estampado nas faces. Chegar no topo da montanha era bom, dava a sensação de objetivo alcançado, mas o caminho era muito melhor.
Naquele momento, compreendi que caminhada ao ar livre em meio a natureza e por vários quilômetros é um importante esporte e terapia germânica que é perpetuada entre as gerações.
Talvez tenha sido por essa razão que uma das primeiras palavras que aprendi no idioma alemão foi frische Luft ou ar fresco.