Movimentos urbanos

Quando fui morar em Bremen no norte da Alemanha quis aproveitar o vento da mudança para adotar um hábito local: andar de bicicleta. A região é plana e fica próxima da Holanda. Isso favoreceu e potencializou o hábito.

A partir daquela decisão, tive a oportunidade de observar o planejamento e a mobilidade urbana com outros olhos. Descobri na prática novos conceitos.

Primeiramente, percebi que boas ruas, avenidas, calçadas, ciclovias, sinalização e vegetação são excelentes incentivos não somente para pedalar como também para caminhar. Saúde e meio ambiente protegidos: menos calorias e emissões. Vivenciei a mobilidade ativa.

Em seguida, verifiquei que Bremen, assim como muitas cidades europeias, foram ou são pensadas para os pedestres e não para os carros. Além disso, as construções não interrompem a visão do conjunto. Elas dialogam harmonicamente com a paisagem. De certa forma, o planejamento considerou o vento, o sol, a água, as árvores para que possam ser apreciados. Vivenciei a mobilidade ao ar livre.

Por fim, mas não menos importante, notei que a cidade pode combinar vários modais. Isso significa que trechos podem ser feitos de bonde, trem, ônibus, barco, bicicleta e a pé. O melhor de tudo é que conversam entre si. Vivenciei a mobilidade integrada.

Acho que a grande descoberta é que pode existir muita vida e segurança entre as edificações. As cidades podem ser mais humanas.

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