Depois do trabalho

  • Alô.

  • Oi, amor, você está vindo?

  • Oi, querida. Estou na Perimetral a caminho. Mas o trânsito está terrível, acho que vou demorar.

  • Hmm. Estou escutando um som de música. Onde você está, mesmo?

  • Estou passando pela Praça Açorianos. Tem um evento lá e o telefone está no bluetooth.

  • Sei… A festa está boa. O som está tão alto que dá para ouvir do carro com janelas fechadas.

  • Querida, alguma programação especial para hoje? Temos que comemorar.

  • Não, tentei marcar alguma coisa com os nossos amigos, mas todos estão ocupados, vão trabalhar até tarde. Parecem você, nesse frenesi diário.

  • Poderíamos sair só nós dois. Fazer um programinha. Não importa que hoje seja terça-feira, está tudo aberto.

  • Não sei, estou desanimada. Amanhã temos que acordar cedo. Já troquei até a roupa para dormir.

  • A essa hora? Não, mesmo. Vamos sair. Quero você linda.

  • Não sei. Por que não jantamos em casa? Onde você está agora?

  • Ainda não andei muito.

  • Engraçado que a música parou.

  • Só diminuiu de volume. Querida, vou ter que desligar, o trânsito começou a andar.

  • Tá bom, amor. Estou lhe esperando. Beijos.

  • Beijos, tchau.


  • Querida, já cheguei.

  • Oi, tô indo.

  • SUUUURPREEESA! Feliz aniversário!

  • Nossa, todos aqui! Que surpresa boa. Vocês me enganaram direitinho. Não preparei nada para recebê-los.

  • Não se preocupa, Márcia, nós trouxemos tudo.

  • Querida, isso é para você.

  • Flores! Eu amo ganhar flores. E eu fazendo mau juízo dele. O bluetooth me enganou direitinho.

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