Colônia-Paris

Foi naqueles dias pintados pelas cores e luzes do outono que parti de Colônia em direção a Paris. Na estação movimentada embarquei no trem de alta velocidade. Pela janela via a imponente catedral afastar-se enquanto ele seguia pelos trilhos ao longo da planície do Reno.

Embarcações, árvores, casas, postes, tuneis, campos, pássaros, bois e pôneis passavam voando diante dos meus olhos. Movendo-se a trezentos quilômetros por hora, o trem prosseguia cortando a paisagem. De repente, placas de sinalização ao longo do caminho começaram a aparecer em dois idiomas. Isso tornava a viagem ainda mais instigante.

Na estação de Estrasburgo fiquei observando cada milímetro dos avisos com informações em alemão e em francês. Imaginei as grandes disputas entre Alemanha e França por esta região, a Alsácia, que fica justamente na fronteira entre esses dois países e a Suíça. Decidido, o trem prosseguiu em direção ao seu destino.

Os tons amarelados, castanhos e avermelhados continuaram aparecendo ao longo do caminho. O céu azul contribuía para tornar o cenário impressionista. Os nomes das estações em francês e a chegada de uma leve chuva marcaram a entrada em novo território.

Meus olhos e nariz desgrudaram do vidro do vagão movidos pelo aroma do café trazido pelo serviço de bordo, a movimentação de pessoas pelos corredores com os celulares nas mãos e o aviso interno sobre a chegada da próxima estação. A aventura estava terminando.

Em seguida, notei que a menina ao meu lado já postava a imagem de uma Torre Eiffel coberta por pingos.

Terei perdido eu uma foto? Ah, pouco importa – pensei.

Desci na plataforma observando os encontros e desencontros e fui em busca de novas imagens nas ruas de Paris que seriam capturadas pelos olhos e pelas emoções.

gostou? comente!

Rolar para cima