Naquela manhã primaveril, o guri seguiu o caminho das folhas de ipê espalhadas pela rua dos Andradas até encontrar a grande poça por onde entrou na casa subterrânea.
Suas paredes rosadas ganharam tons mais especiais trazidas pela luz do sol refletida na água. Numa das salas, encontrou as crianças reunidas em círculo em torno do poeta e contator de histórias, Mário Quintana.
Olhou para o grupo e para o contador e fez o sinal. Com sorriso, todos acolheram o recém-chegado. Procurou um lugar para sentar-se. Apurou os ouvidos, arregalou os olhos e abriu o coração, para viajar pelo mundo das palavras.