Vanessa Penz em foto de Tom Saldanha

Caixinha azul

Vanessa Penz

Então olho pra foto 11. O homem ali, de peito nu, com o braço direito em riste, enquanto uma mulher esbraveja. Ponto. Depois de quase uma hora entre idas e vindas, pensamentos desconexos, fixação na imagem, não surge nada. Apenas uma descrição óbvia.

Ainda estou lá. Meus pensamentos e lembranças me carregam pra cidade que nunca dorme. Sorri, pulei, corri, gargalhei, me espantei também. A impressão que tinha é de que fazia parte de um filme já visto ou de um livro lido anteriormente. Como pode a realidade ser melhor que o sonho? Como a realidade se apresenta com facetas não imaginadas e… fantásticas? Ora, pois é assim a vida, não? Tanto para o drama quanto para a comédia e, no meu caso foi aventura.

Desenhei meus 40 aos 33. Me diga você: que mulher no auge da balsaquianice planeja a meia idade? Eu ora, e pra mim é meia mesmo. Meu projeto não estava em tudo que poderia fazer até lá ou somente a partir dali, mas sim no exato sábado. Estive, estava e acho que ainda estou nele.

A minha vida se reiniciou dia 17 de novembro último. Como presente tenho em uma caixinha azul imaginária todo o aprendizado até aqui para servir de amparo sob o que virá. Viva e esperançosa, de peito aberto, no palco da minha história e, iluminada pelo mais forte raio de sol, relembro daquele homem da fotografia. Agora ele é inspiração. Sou como ele: livre.

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