Steve Johnson por Marcel Souza

Saudades da Mãe Dinah

Marcel Souza

Cuidado curva acentuada à frente. Certamente se você tem alguma experiência em dirigir ou mesmo ser um atento copiloto já viu algumas placas com esse aviso. É uma forma de deixar o motorista mais atento com o seu futuro. Em breve ele vai passar por um trecho de maior dificuldade.

Se estamos viajando de avião, também somos avisados que estamos prestes a entrar numa zona de turbulência. Mas e na vida? Não vou dizer que é impossível prever dificuldades, algumas são bem óbvias: a dificuldade de uma prova para concurso, de uma entrevista de emprego, de fazer um bom trabalho de conclusão de curso, ou uma tese de mestrado. 

Também temos as dificuldades do trabalhador autônomo, do profissional liberal, do empreendedor e do trabalhador informal. Algumas dessas são previsíveis e estão no dia a dia. Já outras são mais difíceis, poderosas e desafiadoras. O ano de 2020 foi uma escola para isso, pois não teve placa, aviso sonoro, nem sinal de fumaça avisando a chegada do Coronavírus. Você pode me dizer, que viu um vídeo do Bill Gates, ou um outro do Barack Obama, em que os dois poderosos americanos se mostram preocupados com a chegada de uma possível doença transmissível capaz de causar uma pandemia.

Não tiro o mérito deles, mas não há ali nenhuma previsão de futuro certeira, ou um tweet de algum deles pedindo para as pessoas ficarem em casa, cancelarem viagens, eventos com grandes aglomerações no início de 2020 para evitar a circulação de um novo vírus. Para isso a vida ainda não nos dá avisos. 

Pois então, saudades da Mãe Dinah.

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