Meu caderno, minha história

Quando viajo gosto de passear pelo centro histórico das cidades. Gosto de apreciar a arquitetura e monumentos que ali expostos contam sobre determinada época. Preservar a memória coletiva é extremamente importante para que gerações futuras possam ter referências.

Sabemos que o trabalho de preservação não é fácil, pois além da parte física existem vivências, pontos de vista diferentes, ideologias e memórias culturais e sociais que devem ser mantidas.

Histórias são coleções de momentos e preservá-las é um bom jeito de nos sentirmos parte da memória de um determinado tempo. Criarmos vínculos não apenas coletivos, mas também pessoais, por meio de fotografias e documentos.

Em Porto Alegre temos muitos prédios que falam do passado e ali, bem na esquina da Praça da Matriz, encontra-se um deles. Conhecido como Forte Apache, teve múltiplos usos ao longo do tempo.

O palácio que nasceu para ser provisório chega aos nossos dias para servir de Memorial do Ministério Público, tornando-se endereço importante no centro cívico do nosso Estado.

No sábado levei meus filhos para visitar uma exposição a céu aberto que homenageia a literatura gaúcha, localizada no Viaduto Otávio Rocha. Além das fotos fiz uma breve explicação sobre os 26 escritores ali representados.

Concluindo nosso objetivo resolvemos dar uma esticadinha para aproveitar a linda manhã que fazia na capital. Passamos em frente ao Museu Júlio de Castilhos, o mais antigo museu do Rio Grande do sul, e seguimos para mais fotos em frente ao Palácio Piratini, que neste ano chegou ao seu centenário. E já que estávamos bem ali não pude resistir em mostrar aos meus filhos a escola onde estudei no início de minha adolescência, Paula Soares.

Um passeio bem animado e cheio de informações graças à arquitetura que se mantém contribuindo para a permanência de nossa história.

E foi aqui que minha história foi contada ao relembrar o dia em que tive que ir ao Palácio Piratini para buscar um caderno meu jogado por um colega pela janela da sala de aula, que fazia divisa com o pátio do Palácio.

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