Memórias de Paris

Minha amiga Ana foi muito receptiva, nos acolheu e fez questão de mostrar o que de melhor Paris tem. Levou-nos pelas ruas, restaurantes, comércio e até a porta dos museus, nestes não entrou porque já tinha ido dezenas de vezes acompanhando diferentes amigos brasileiros, além de quando foi sozinha, conhecia de cor cada ala. Também nos guiou pela catedral de Notre Dame e a abadia medieval de Saint-Germain-des-Prés narrando particularidades dos locais que não estão nos guias turísticos.

Foram seis dias em Paris, sendo um dia perdido no quarto de hotel por ter passado mal. O culpado do mal estar dever ter sido o ceviche, prato peruano de peixe marinado no limão. Não tenho certeza se foi o peixe cru ou os acompanhamentos, alguma coisa não deveria estar em sua melhor condição sanitária. Ana disse que os franceses não são o povo mais preocupado com as condições sanitárias, voilà! Tenho que aprender a não comer excentricidades em viagens, melhor buscar o corriqueiro para se poupar. Já basta o mal-estar que a diarrea del viajero – a diferença de ph da água, bem como as diferentes bactérias – pode causar.

Outro passeio inesquecível foi pelo rio Sena de Bateaux-Mouches. Chovia um pouco mas os pingos no vidro não impediram de ver a imponência da torre e adentrar pelos braços do rio nas vielas menos conhecidas. Aqui Ana nos acompanhou, guardo as fotos que registram todo o passeio, já eram digitais, tiradas pelo aparelho fotográfico, ano de 2013 ou 2014? Preguiça de ir lá nos pen drives pesquisar.

Amigos tinham me advertido que em Paris, para pedir informação ou fazer uma compra, antes é preciso desfilar toda politesse e de preferência em francês: bonjour, como ça va? S‘il vous plaît quelques informations, bom dia, como vai, por favor uma informaçãoeu que não falo francês, estas expressões aprendi. Embora para se fazer entender a gente buscasse também o inglês e o portunhol. Lembrei imediatamente da advertência desses amigos depois que fui comprar as passagens de metrô no caixa e pedi simplesmente por ‘two tickets’. O funcionário ficou me olhando de forma carrancuda e se demorou em prestar o serviço, então meu companheiro me acudiu dizendo o restante das palavras mágicas que abririam as catracas da bilheteria.

Sim, minha amiga Ana nos mostrou o melhor de Paris, que com certeza não são os atendentes do metrô.

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