Iara Tonidantel em foto de Carlos Eduardo Vaz

Estamos vivos

Iara Tonidantel

O mundo teima em impor limites à minha vontade. E o tempo me fez entender que muitos desejos se perpetuam enquanto desejos. Aprendi a respeitar isto. Muitas vezes lágrimas brotam no olhar. E não há por que assim não o ser. Também foi algo que a vida me ensinou. Sentimentos existem para serem experienciados. Abrandados. Ou não.

Mas antes disso, eu luto.

Luto para encontrar minha luz. Sou feroz nestas batalhas. Trago cicatrizes destes enfrentamentos. Admiro minhas cicatrizes. Significam que resisti e brandi espadas de vários tamanhos em busca de meus sonhos. Aqueles que consegui realizar garantiram a esperança de buscar os demais.

Ao olhar as flores que rompem obstáculos em busca do sol sinto: não podemos dominar a vida. E a vida é um espasmo de tempo orquestrado pelas estradas escolhidas. Ou possíveis. Caminhos que apontam a chance de realizar sonhos. Desejos. Horizontes que minha bússola de navegação aponta. Sonho. Desejo. Trilho. Navego

Eu estou viva.

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