Fungi

Os fungos são conhecidos. Formam um reino próprio dentro da biologia. Estão nos campos, na forma de cogumelos, nas paredes úmidas em forma de bolor, nos diversos tipos de micoses que nos afetam, nas leveduras que geram a fermentação de bebidas que consumimos.

Eu adoro. Sou um grande consumidor. Não sou um chef de cozinha, ou tenho um paladar sofisticado, mas quando posso, ingiro.

Alguns de nossos restaurantes com bufê a quilo, eventualmente oferecem risoto com molho funghi. Quando posso, desfruto.

Algumas outras vezes esses mesmos restaurantes oferecem estrogonofe. E considero que estrogonofe sem champignons não é estrogonofe. Mas quando eles lá estão, me sirvo.

Uma das grandes churrascarias da cidade oferece champignons em forma de salada. Nas poucas vezes em que vou lá, peço para ser servido, junto com tomate, alface, cebola e a tradicional salada de maionese. Nas poucas vezes por ano que vou lá, como.

Também me reúno com alguma frequência com amigos para comermos. No início era um pouco tenso, devido à inexperiência. Depois se tornou algo de agudização dos sentidos. Algo metafísico. De experiência espiritual e encontrar pessoas que já haviam partido deste mundo. De perceber as gotas de urina parecerem diamantes, da urina no fundo do vaso brilhar como ouro.

Em uma tarde dessas, na hora de voltar para casa chovia.

Passei por algumas pessoas. Elas pareciam estátuas sob as gotas que caíam.

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