Entre a luz e o caos

E é no sutil movimento que Ella se desfaz da dor
A cada passo, um pouco de peso, um bocado de leveza são deixados para trás
Desenhando um caminho só seu
Um pulinho aqui, outro ali para despistar o invisível da vida
Talvez a aspereza esquecida
Que escancara na parede descascada
Ella reconhecia o valor do movimento
Da flexibilidade e da rigidez da musculatura para manter-se em pé
Entre a luz e o caos experienciava a vida
Mantinha o roteiro como preferia, já que, ao menos isso, é possível controlar: o sonho
Ao longo do percurso ora ajustava o ritmo, ora a direção
Na realidade, a passos largos
Mantinha o pulso
Mantinha o tule
O cabelo era rebelde, solto e livre
No infinito bailado, Ella perdeu muitas sapatilhas, jamais a vontade de dançar

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