Escalando degraus por entre os meios
de brancas nuvens
e rumo aos céus de um não tão puro azul
ela majestosa se impõe
por sobre o todo que era só rio
E há quem diga
que um dia a água
a seu leito original
retornará
em puro deleite
Há quem diga que dia não
dia talvez já o fez
e histórias contam que não de mansinho
escalando pedra cimento galgou armazéns
assumiu-se um todo grande rio
E gentis homens sorrindo se apoderaram
e alianças formaram em terra firme
ou não tanto quanto firmes
cidades e portos e aliados armazéns
novos desenhos urbanos travaram
Invadindo cenários
de muitas chaminés
casas tinham chaminé
calor de lareiras
de fogão a lenha
As chaminés rasgavam adentravam
dividindo outroras de novas cidades
escalando as nuvens que se desenham
erguem-se em muitos azuis a seduzi-las
para serem imponentes futuros e passados
Dizem que as águas
voltarão
ocupando
histórias que são suas
não por acaso
Restará chaminé
sobre chaminé
(não sei quanto a gentileza)
e novamente contará memórias
e sim, seduzirá nuvens