Duro na queda

Meses depois daquela viagem que contei onde fiz conexão em Amsterdã e me encantei de primeira pela capital holandesa e pela Europa em geral, fiz uma viagem especialmente dedicada ao velho continente. Com o foco principal na Inglaterra e na já conhecida Amsterdã. Na terra da rainha o foco era Londres e o Rock britânico, por isso fiz uma viagem de trem até Liverpool, a terra da banda mais famosa do mundo.

Dediquei dez dias para gastar em Libras, e três para rever minha primeira paixão europeia. Restavam então duas noites até o dia do voo de volta, que sairia de Londres. Olhando o mapa não tive dúvidas. Vou colar uma figurinha nova no album: Paris. Cheguei de trem, passei pouco mais de vinte e quatro horas. Subi no alto da torre, caminhei na Champs Elysess, andei por boa parte da cidade de ônibus Hop-On Hop-Off. A noite me arrumei todo para ir ao Moulin Rouge mas, chegando lá, um choque de realidade, não era para o meu bico. No dia seguinte, mais umas voltas de ônibus, até chegar a hora de ir para a Gare Du Nord, em cima do laço para não perder o Eurostar(famoso trem que cruza o Canal da Mancha e liga Paris a Londres). Figurinha colada, passaporte carimbado, mas Londres sim era a nova tentação.

Na seguinte Eurotrip, em 2015, resolvi dar uma nova chance e mais tempo a capital francesa. Reservei cinco dias para explorar melhor. E confesso que nossa relação mudou. Mochilando sozinho, daquela vez estava dedicado a fazer os famosos free walking tours, onde ao final pagamos ao guia o valor que achamos justo pelo passeio. E foi nele que fiz amizade com um australiano e duas brasileiras. Nossa turma inicial incluia também um palestino, uma americana e uma coreana, mas fomos nós quatro que realmente mantivemos contato, inclusive nos encontrando sem querer mais de uma vez. Na segunda chance Paris me deixou mais boas lembranças, mas ainda faltava algo mais.

Sete anos se passaram, mudei de área e fui trabalhar com turismo(era um namoro antigo) e voltei a Paris em 2022 e 2023.Nessas duas últimas visitas descobri lugares que pouco tinha passados nas primeiras vezes, como as regiões boêmias do Quartier Latin, Chatelet e Less Halles. Voltei ao Louvre, o museu que tem público de jogo de futebol em final de campeonato, o D’orsay, o Pompidou e o Museu Rodin. Conheci bons lugares para tomar boas cervejas, casas com música ao vivo, fui na Galeria Lafayette e até achei boas promoções por lá. Também foi agora que me especializei mais no metrô de Paris, descobri a linha 6 que tem uma vista fantástica da Torre e gravei na memória o anúncio da estação Champs Elysees – Clemenceau. Inclusive fui ver o filme Elvis num fantástico cinema subterrâneo com mais de trinta salas.

Ah e não posso esquecer que foi nas cercanias do Pompidou, num restaurante chamado Le Petit Marcel que eu ganhei dois ingressos para o show dos Rolling Stones, e pude ver Mick, Keith e sua turma da turma do gargarejo. Finalmente posso dizer que gosto da Cidade Luz. Embora ainda ache que esse codinome cairia melhor para a minha eterna Londres. Mas vamos evitar polêmicas.

Agora sim Paris veio para ficar.

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