Como uma onda no mar

Um fato talvez curioso para algumas pessoas é o de que o Guaíba já teve seus momentos de fúria provocando ondas bem significativas.

As mudanças na direção e intensidade do vento ocasionadas por entrada de ar frio, muitas vezes são as responsáveis por tais acontecimentos.

Em 2011, o rio foi agraciado com o catamarã, um barco destinado a passageiros que transitam entre a capital e a cidade de Guaíba. Um momento considerado histórico, pois foram sete tentativas em trinta anos para que o transporte fluvial desse certo.

No ano seguinte ao da inauguração, tive a curiosidade de fazer um passeio no catamarã. Me programei para um dia de sol, afinal tudo fica mais bonito. Naquele dia até a água do Guaíba refletia um azul tão lindo que, por instantes, viajei em meus pensamentos, imaginando que estivesse em alto mar. O barco começou a navegar e eu admirava pela janela a beleza daquele espelho d’água. Eles me levaram para um tempo que não vivi, mas ouvi falar tão bem.

Porto Alegre criou um laço afetivo com esse manancial, de aterro em aterro se expandiu e de lá pra cá muita coisa mudou.

De repente fui interrompida e, para minha grande surpresa, meus pensamentos pareciam ter ganhado força. Do lado de fora, ondas batiam fortemente fazendo com que o barco balançasse de um lado para o outro. O céu azul, agora estava cinza e o sol deu lugar a uma tempestade.

O tempo às vezes engana. Em instantes tudo pode mudar. O dia vira noite. Calmaria vira agitação e ondas podem sim aparecer no Guaíba.

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