Poderia ser, mas não é
Eu tinha parado para tirar uma pedra do surrado sapato. Era tanto buraco, que ela entrou de lado sorrateira. Pedi …
Eu tinha parado para tirar uma pedra do surrado sapato. Era tanto buraco, que ela entrou de lado sorrateira. Pedi …
Sou apenas um sapato. Ou melhor, um par de sapatos. Nasci numa oficina de 2×2 metros, na periferia da cidade. …
Ao entrar em casa encontra a irmã, chorosa, sentada num canto, escondendo os pés por debaixo do banco. A mãe, …
Acorda, levanta, toma banho, escova os dentes, se veste e sai. Caminha, desce escada, pega metrô, sobe escada, pega ônibus, …
Não se deve julgar um livro pela capa, diz o ditado. E a pessoa por seus sapatos, seria legítimo julgarmos? …
1981. Comecei a trabalhar. Meu primeiro emprego foi como office-boy em um montepio, em um tempo em que essas instituições …
Hoje foi um dia triste. A morte é vida intensa demais para quem fica, escreveu Carla Madeira em Tudo é …
Perdido no meio da rua estava o par de sapatos. De quem será? Já tinha encontrado um pé só, roupas …
Já havia lhes remetido a ideia do incêndio. Ninguém acreditava que pudesse vir, e tão perto. Agora, a olho nu, …
No trânsito de Porto Alegre perde-se muito tempo num simples deslocamento. E nos semáforos, inúmeros espalhados pela cidade, você encontra …
Ao lado do tênis velho e roto, muito roto, a criança dorme. No centro da cidade a noite é fria …
Sou o nono filho, caçula, nascido e criado num assentamento desprovido de água potável e saneamento básico. No seio da …
Eu tinha parado para tirar uma pedra do surrado sapato. Era tanto buraco, que ela entrou de lado sorrateira. Pedi …
Sou apenas um sapato. Ou melhor, um par de sapatos. Nasci numa oficina de 2×2 metros, na periferia da cidade. …
Pedro desperta com o amanhecer, na cama apertada onde dormem ele, Marisa e duas crianças. Mexe-se com cuidado para não …