Carta ao mestre

Querido mestre,

Para começar, peço-te desculpas pelo assunto sobre o qual te escrevo. Afinal, não pedi licença para falar dessa personagem que trouxeste ao convívio de nossa – se me permites dizer – família de amigos. Mas, sendo uma avó com netos já crescidos, não havendo mais bebês em casa, a primeira imagem que associo a essa foto de mãozinhas gordinhas brincando na areia com baldinho e pá (como também brincaram meus filhos e netos) é da tua nova filha, Agatha.

Te confesso que fiquei verdadeiramente emocionada quando soube da notícia de que tu e Vanessa estavam planejando receber mais uma presença na família. Uma aposta no recomeço de tuas já vividas experiências de pai, de noites insones, de sustos descabidos, de dedicação a uma nova rotina de cuidados e encantamentos diários. Para a nova mãe, uma entrega certamente plena e feliz a esses mesmos momentos de alegrias e sobressaltos.

E o que eu vejo nessas mãozinhas que se afundam na areia, buscando experimentar novas texturas? Vejo uma menina que vai saber buscar o próprio caminho, uma mulher que vai decidir a profissão que desejar, uma pessoa que terá a necessária confiança em si mesma para definir a vida que escolherá viver. Porque sente que a seu lado sempre terá pai e mãe que lhe darão apoio, confiança e, acima de tudo, um amor infinito.

Tu, que és nosso mestre na arte do congraçamento, na preparação de tantos encontros prazerosos, e a Vanessa, que tem toda aquela doçura pessoal, a mansidão no falar, o carinho suave que demonstra nas pequenas coisas, vocês dois, sem dúvida, construirão um lar pleno de afeto e dedicação para que a pequena Agatha cresça segura e convicta de que é amada. E o que mais desejamos, senão ser capazes de fazer chegar aos nossos filhos todo o amor que lhes dedicamos?

Tenho certeza de que a Agatha escolheu o lar certo para viver.

Tenham muitos dias felizes!

Da amiga de sempre e avó de aluguel (sempre que for o caso).

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