Uau! É o que digo quando me deparo com do grafite de Nega Lu, homossexual negro na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Diante dos seus sete metros de altura, reflito.
Essas homenagens são necessárias e impactam toda sociedade, afinal ser negro e homossexual é ser alvo de preconceitos, infelizmente. Fico me perguntando por que temos essa necessidade de nomear, classificar, por que precisamos dar nome à tudo e todos?
Ele, ela, homem, mulher, branco, negro, amarelo, pobre, rico, gay, lésbica, mãe, pai. Todas nomeações possíveis para nos encaixotar. Até quando precisaremos desses pró-nomes?
Ser e estar no mundo com dignidade e respeito deveria bastar, mas parece uma utopia no nosso desgoverno atual que faz questão de nomear, classificar e descartar aqueles que não agradam.
Em qual lugar Nega Lu estaria hoje? Posso quase afirmar que não em um bom lugar, o seu pró-nome não permitiria.
Porém, ainda pensativa, acredito que grafites, murais e outras artes são uma forma de resistência e dizer que, independentemente, da nomeação SOMOS e (RE) EXISTIMOS.