Autenticidade. Foi o que veio à mente. Após mais olhares, o excesso de informações impactou.
Atrevimento ou exposição?
Poderia contar que iniciei minha vida adulta muito cedo. Com vinte e um anos já estava formada em Direito e trabalhava, como se advogada fosse, há três anos. Casei com vinte e quatro, entre pompas e circunstâncias. Aos vinte e seis, era mãe e aos vinte e nove me separei. Dali para frente só independência. Por três anos. Após, mais um relacionamento de cinco anos, sério. Ele, seis anos mais novo que eu. Nem preciso explicar. Trilhei quinze anos entre namoros e amizades e solitude. Com a certeza de plena harmonia com meu filho, exerci liberdade e autonomia. A elas, era agarrada e quase escravizada até pouco tempo atrás. Daí me abri e exerci a possibilidade de amar sem tanta desconfiança. Larguei as armas. Foi libertador, mesmo não tendo continuidade.
Hoje me atrevo a dizer que a liberdade e a autonomia estão em viver, em sentir, em vibrar, em exercer. Irradiando sempre. Solitude, parceria, amor, alegria, tristeza, solidão, dor, surpresas e incertezas. Renovação, calma, agitação, inquietude, paz, indignação, compreensão, empatia. Fluição.
Atrevimento sem exposição. Autenticidade e multiplicidade de informações, assim mesmo.