Só pode ser muito moscão. Não sabe que junta tudo que é alimal, cruzeira, aranha? E os morcegos que comem esses frutinhos e despacito vão campeando bosta pelas taipa do rincão? Barbaridade!
Aroeira-brava, aroeira-salso, assobiadeira, araticum, araticum-mirim, caúna, caixeta, tucum, butiá, guaricana, jerivá, sucará, sucará-veludo, cambará, vassoura-vermelha, vassourinha-da-praia, ipê-verde, ipê-amarelo, louro-mole, carobão, guajuvira, cacto-tuna, grindiuva, taleira, congonha, mamoeiro-do-mato, cinzeiro, bacupari, sarandi-amarelo, guaraperê, xaxim-de-espinho, xaxim-bugio, caquizinho-do-mato, criuvá, cocão, cacãozinho, canudo-de-pito, tanheiro.
Hoje em dia se vê poucas pelos pagos. Vai acabar caindo por cima de alguma casa. Ou ainda atrapalhar os boqueirão, já que tão construindo um condomínio na volta. Onde antes era só arvoredo, agora – e já era mais que hora – vai riscando estrada com a expansão urbana e, de relancina, retração rural.
Grápia, pata-de-vaca, fedegoso, corticeira-do-banhado, corticeira-da-serra, rabo-de-bugiu, farinha-seca, topete-cardial, timbaúva, ingá-banana, ingá-feijão, ingá-ferradura, ingá-beira-de-rio, ingá-da-serra, maricá, tarumã-preto, tarumã-branco, tarumã-de-espinho, canela-do-brejo, canela-fogo, canela-frade, canela-preta, canela-fedorenta, canela-ferrugem, canela-imbuia, canela-guaicá, canela-lajeana, esporão-de-galo, açoita-cavalo, pixirica-branca, canjerana.
Bem capaz que agora que deixaram crescer vão arrancar ela daí. A lei não deixa cortar, tem que pedir autorização na prefeitura pra poder podar. Só enquizilhamento! O vivente não pode fazer nada, mas deixa que as construtora, com poucos pila, dão um só talagaço de retroescavadeira.
Antes tivesse ido em paz com a sua afamiliada.
Laranjeira-do-mato, branquilho-de-beira-de-rio, branquilho-de-morro, sarandi-vermelho, maria-mole, sabão-de-soldado, rasga-trapo, chá-de-bugre, coração-de-negro, mata-olho, leiterinho, cedro-rosa, pau-de-arco, pau-de-tamanco, pau-de-malho, pau-gambá, pau-de-leite, pau-de-ervilha, pau-amargo, pau-de-cutia, gema-de-ovo, catiguá-quebra-machado, tajuva, cicho, murta, guabiroba, guabiroba-crespa.
Se deixar ao facho, periga se avolumar formosa, atrair passaredo e a piazada, mais os cuscos. Aí mesmo ninguém tira! Até sombra buena pra se aplastar, ficar chalreando, ou apenas lagartear na fresca.
Guamirim, guamirim-uvá, guamirim-pimentão, guamirim-ligustro, guamirim-pau-ferro, guamirim-vermelho, ceregera-do-mato, araçá-amarelo, araçá-piranga, araçá-do-mato, alazão, pesseguêiro-do-campo, pesseguêiro-bravo, batinga-branca, batinga-vermelha, pitangueira, ubá, camboim, cambuim-folha-larga, cambuim-folha-comprida, cambuinzão, guabiju, guaporetí, baporetí, azeitona-do-mato.
A gurizada e suas pelotas, a moçada e seus skates. Chico, não suba na árvore! Vai te desnucar. Não recorda que já pisou o manguito? E dê-lhe pendurar chamarra, balança, enroscar pandorga. Esse povo não tem lombeira quando se trata de alcear. Na certa tá faltando um upa! pras criança nas livreta, aí só querem rua, e o que se dirá uma campina como essa, pra espraiar os matungo assoleado, solito das peleia dos autos.
Saputá, amarelão, unha-de-tigre, umbú, pariparoba, marmeleiro-do-mato, capororoca-vermelha, capororoca-do-brejo, capororocão, capororoquinha, quina-cruzeiro, sobrají, coronilha, pimenteira-do-mato, veludo, limoeiro-do-mato, mamica-de-cadela, coentrilho, guaçatonga, salgueiro, chal-chal, aguaí-guaçu, aguaí-mirim, aguaí-de-beira-de-rio, aguaí-mata-olho.
Quem esqueceu essa?
Embaúba, coronilha-da-praia, sombra-de-touro, cancorosa-três-pontas, fumo-bravo, canema, canema-branca, baga-de-jacú, carne-de-vaca, sete-sangrias-do-mato, imbira, urtiga-mansa, urtigão, olho-de-cabra, crina-cruzeiro, camboatá-vermelho, camboatá-branco.
Aqui no meio da gentama, tchê?
Carvalho-brasileiro, figueira-purgante, figueira-branca, figueira-mata-pau, figueira-de-folha-miúda.
Depois não digam que não chasqueei.