A praça está deserta. Jardins coloridos. Caminhos. Arbustos floridos. Algumas árvores exibindo roupas novas. Bancos – todos vazios. Ninguém para contemplar tanta beleza. Ninguém?! Há uma algaravia de sons desordenados vindos não se sabe de onde, como um hino de alegria. Ah, esses pequenos seres alados não deixam de aproveitar a primavera. É a estação deles? Ou somos nós que passamos a observá-los com os olhos da transformação?
No coração da cidade grande há uma praça deserta. Estranhamente vazia de pessoas, mas povoada de pássaros.
No coração do ser humano também há uma praça. Intensa e vibrante. Colorida e alegre, como a criança que corre atrás dos pássaros para vê-los voar. Mas também cheia de sombras e de solidão. Uma natureza dual, que ora vibra na harmonia da celebração, e ora se cala no desamparo da indiferença. Quando a primeira prevalecer, certamente as primaveras não passarão despercebidas.
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