É pau, é pedra, é o fim do caminho, é um pouco sozinho.
Ah Jobim pela eterna voz de Elis!
Na pedra dura da calçada ela sorri meio de canto, entredentes, revela que tudo sabe.
Assimilou a potência do nada falar, a lidar com o indizível. Com o trauma.
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho.
Predizendo a paz, ela aparece vestida de branco.
Camufla a dor da violência no colorido que embala a cocada que adoça a boca de quem com
frequência oprime.
Os olhos brilhantes, febris, com genuína franqueza, sorriem.
O ofício, ela ostenta em um canto, não importa qual. O sustento espera dele.
É a promessa de vida no teu coração.
A ausência de cor. De amor. O branco. O contraste. A dor, a cor, a cura.
Para proteção, as guias, a fé promete. O patuá.
De turbante azul céu à ancestralidade conecta, a põe de pé todo dia.
Ignorando, talvez, o que é atávico, que faz resistir, sempre e sempre.
É visível a vida mais forte que tudo.
E a morte do espontâneo, do ser o que se é.
Para sobreviver, é invisível.