Levo minha filha para brincar no banco de areia. Na enorme bolsa carrego seus brinquedos de praia: baldinhos, pazinhas, forminhas. Esparramo-os para que fiquem ao alcance de suas doces e curiosas mãos.
Mãos à obra!
Divago e engendro o futuro. O que será que as prodigiosas mãozinhas farão?
Serão costureiras? Massagistas? Instrumentistas? Escritoras?
Alguns alvitres enlaçam minha mente:
Acariciarão com brandura.
Agarrarão com firmeza propósitos.
Embalarão ternamente sonhos.
Serão convictas ao empunharem canetas.
Arremeterão quimeras.
Inquietas e lépidas moldarão o mundo.
Contudo, que jamais estejam vazias, hesitantes e sem quem as envolva.
Que toda mãozinha possa ser afagada e guiada na tortuosa jornada da existência.
Que toda mãozinha receba oportunidade de acolhida e o direito de ser criança.
E que as mãozinhas da Agatha repliquem o amor e a esperança de um prólogo no livro da vida!
Mãos à obra!
Lindo , parabéns Carolina, você é especial,