Do bas fond com orgulho
Preto, pobre e puto
Figurinha colorida da Esquina Maldita
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Não temeu a linha dura
Debochou do preconceito
Enquanto muitos se escondiam, ela foi e se mostrou
Pode ser, mas eu sou feito purpurina
Se uma luz não ilumina
Não há jeito de brilhar
De tanga e turbante
Cruzava o Bom Fim com seu pas de bourrée
Subir nas mesas e nos cinamomos era seu doce vício
Se você só chega por chegar
Nem uma lanterna no olhar
Nosso show não pode acontecer
Artista de corpo e voz
Timbre grave, gestos fluidos
Foi sempre destaque, dos corais aos carnavais
Sem o palco se acender
Eu não vou representar
Não empunhava só uma bandeira
Também uma sombrinha de muitas cores
Eclética e devota, não faltava à Procissão dos Navegantes
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Saiu cedo de cena
Deixando vazio seu lugar
Na Saldanha, Rabo de Galo, na boemia porto-alegrense
Pode ser, pois eu sou feito bailarina
Se a ribalta se ilumina
Fico roxa pra dançar
*Participação especial de Jerônimo Jardim
Lindo, Vivi! Poetisa da família!
Rô
Amei do princípio ao fim.
Parabéns amada da tia!!!
Lindo!!!
Adorei, parabens!