Prisioneira de si

Rapunzel, jogue suas tranças!

E o carrasco ouviu um sussurro em seu ouvido, antes de cair no chão: cortei e usei para descer – ela disse.

Rapunzel saiu correndo, sempre olhando para trás, com receio do carrasco acordar. Cansou. Parou. Se deu conta que não conhecia outro lugar fora da torre, lá cresceu, viveu e conheceu pessoas. O que faria agora?

Resolveu voltar, mas não queria que o carrasco a visse. Ficou escondida por dias, observando o movimento do castelo e olhando para a torre, sentindo que o seu lar era ali.

Não entendia o porquê do retorno, era como se temesse a liberdade. Era uma disputa interna, se sentia prisioneira, mas não queria voltar para a torre e ficar presa a alguém, ver e ouvir o carrasco.

Depois de semanas, Rapunzel concluiu que a torre era um símbolo significativo do que foi sua vida por anos. Agora ela tinha o mundo a ser descoberto, só precisava deixar de ser prisioneira de si e de tudo que já tinha vivenciado e se deliciar com a liberdade.


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