O grito de poucas

Caçadas nos campos

Incineradas nas fogueiras

Quantas pagaram com a pele

Para que você, hoje, escolha a roupa que quer vestir

Deposite o voto na urna

Diga que quer poucos, muitos

Ou nenhum filho?

 

Quantas continuam expondo a própria garganta

Para que as vozes não sejam amordaçadas

As vítimas, culpadas

Os corpos, controlados

As mentes, lavadas?

E, sem medo das críticas,

Aceitam que você as repudie

Por não enxergar que é esse grito

De poucas

Que liberta das torres

A todas nós


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