Seus olhares melancólicos falam de uma luta constante para viver num mundo que os nega. De pessoas que se acham superiores pela diferença de cor e de raça.
Herança maldita do período colonial. Dos corações insensíveis dos senhores de engenho e escravocratas.
Vil preconceito que pesa sobre os ombros daqueles que, ao longo de suas vidas, foram implacavelmente marcados. Reflexo de almas que carregam o fardo de séculos de exclusão e julgamentos, não sendo vistos como iguais.
Seus olhares deixam transparecer o peso de tantas histórias e sonhos reprimidos. Expressam serenidade e melancolia em combate ao desalento causado pelas feridas abertas pelo racismo. Cansados de batalhar pelo simples direito de viver num mundo que lhes impõe barreiras.
A humanidade só conseguirá apagar essas marcas, quando enxergar esses olhares implorando compreensão e reconhecimento do direito à igualdade.