O menino corre entre os pombos sorridente, irradiando uma alegria sincera, diferente dos adultos. Em sua inocência e simplicidade, ignora os problemas da guerra. Corre de um lado para outro entre os pássaros, transformando o espaço comum numa nova descoberta.
Parecendo compreender sua inocência e alegria, os pombos ao redor não fogem, mesmo com o som dos bombardeios distantes, como se entendessem a paz e a harmonia do momento.
É um instante de liberdade que só as crianças sabem viver. Um estado em que o tempo parece parar e tudo que importa é o agora.
O alarme de recolher toca.
O menino corre para seu bunker, ainda ouvindo o som da revoada dos pombos se dirigindo aos seus abrigos.