Do interior da residência a janela parece uma estampa emoldurada de uma linda paisagem. O cenário de uma pintura de paz. Carrega o verde da esperança que se renova e a lembrança de uma infância inesquecível. Do menino travesso que se aventura nos campos e leva uma funda no pescoço. Descalço, calças curtas, suado, caçando ou coletando orquídeas.
Cada detalhe uma poesia de luz, sombra, verde e flores, colorindo o campo ondulante. O cheiro da relva e das frutas silvestres, como pitangas, araçás, gabirobas. A luz que dança nos troncos e nos galhos, enquanto o vento suave parece acariciar cada folha.
O casarão e uma máquina de costura antiga lembram histórias passadas, enquanto a luz do dia invade suavemente o recinto.
Bandos de pássaros sobrevoam, quebrando o silêncio com os mais variados cânticos, parecendo demonstrar alegria e gratidão.
Fora, o campo se estende, ondulante, como um oceano de verde banhado pelo dourado suave de luz.
A janela torna-se um ponto de observação e contemplação. Um portal unindo duas realidades. Local de encontro entre o contemplador e o natural.