No futebol brasileiro a arbitragem está cada vez pior. A incompetência dos juízes e auxiliares entristece a todos, jogo após jogo.
O despreparo é amparado por supostas regras que abonam erros colossais e que aborrece – sendo comedido – torcedores, jogadores, técnicos e toda a sorte de espectadores.
Detenho-me nos lances de impedimentos. Aqueles em que, a partir de um lançamento para um colega avançar em direção à goleira do adversário, está adiante, antes ou na mesma linha do jogador oponente.
Os auxiliares ( bandeirinhas ) esperam a conclusão do lance, ou para sinalizar ou para confortavelmente aguardar a manifestação do VAR.
Este momento desafortunado pode gerar graves consequências, principalmente para os atletas. Seguem em frente, por exemplo, ávidos para concluir a jogada, e os protetores encorajados para eliminar qualquer possibilidade de sofrer o gol.
Quem pode prever uma séria lesão em algum atacante ou defensor ? Caso aconteça, por quanto tempo este profissional ficará afastado ? E o VAR, bem depois, assinala o impedimento. Jogada anulada. Jogador na cirurgia. E segue o jogo.
Neste caso, toda arbitragem tem nome e sobrenome. Ah, e também respaldo legal.
Temos também um VAR análogo porém anônimo na sociedade brasileira, o Disque 181 e o Disque 100, que possibilita denunciar todo e qualquer suspeita ou ato de violência contra crianças e adolescentes.
Dados recentes indicam que 74% das vítimas tem menos de 19 anos e que a cada quatro casos de violência sexual, três são crianças ou adolescentes. Quase 70% ocorrem no ambiente residencial, 4% nas escolas e 5% em vias públicas.
Os casos tem profundas consequências para as vítimas e que podem se prolongar através de toda uma vida.
Portanto, ao contrário do bandeirinha, quando as suspeitas são confiáveis à luz da razão e bom senso, é nosso dever calcar o touch para que os órgãos oficiais cumpram seu papel. Não importa se ouvimos apenas uma única vez aquele pranto de sofrimento e tortura.
Podemos pressupor que a vítima já tenha sofrido outras tantas vezes em absoluto e sepulcral silêncio ? Quem sabe amordaçado ? Enfim, que não contemporizemos.
Ocasionalmente, o tempo que leva para uma lágrima cair, pode alforriar um pequerrucho de seus algozes para sempre. Hasteemos a bandeira !