Rafal Olbinski por Marcel Souza

New York, New York

Marcel Souza

“I wanna wake up in a city that doesn’t sleep” Frank Sinatra

Esses dias meu primo me enviou uma foto de Nova York de um ângulo fantástico. Mais especificamente a ilha de Manhattan. Se hoje me considero um viajante e fascinado por conhecer grandes cidades como Londres, Moscou, Buenos Aires, São Paulo entre outras, tudo começou na minha primeira ida a Nova York.

Estava no meu quarto, quando no meio da noite tocou o telefone. Perguntaram por mim, era da minha escola de inglês. Em poucos minutos me informaram que eu havia acabado de ganhar um pacote de uma semana para Nova York em dezembro daquele ano. Estávamos no começo do segundo semestre de 1996, eu tinha treze anos e o dólar a um Real #saudades. Fui na hora comunicar a minha mãe, e ela disse: “Mas como tu vai sozinho?”. Me enchi de coragem e respondi: “Sozinho ou não, eu vou”.

Lembro da chegada no JFK, comigo na janela procurando os arranha-céus, e do city tour antes de irmos para o hotel. O jantar no Hard Rock Cafe logo na primeira noite. Em sete dias fui a quatro shows: o espetáculo de Natal do Radio City Music Hall, os musicais Fantasma da Ópera e A Bela e a Fera, e o grupo Stomp, que eu havia acompanhado na cerimônia do Oscar e não perdi a chance de ver ao vivo. Visitei vários museus, com destaque para o de História Natural. Subi no Empire State e até nas torres gêmeas. Cheguei a deitar no chão para fotografá-las.

Mesmo com apenas treze anos, sem idade para frequentar os famosos clubes de jazz e blues, e sem ainda conhecer o sabor das boas cervejas, Nova York me encantou. Demorei dezenove anos para retornar. Dessa vez com idade para conhecer a cidade que nunca como dorme como imortalizou Sinatra: os pubs, as casas de blues e jazz, e claro, provar os saborosos pints.

Respondi a ele: “Preciso passar uma temporada nessa cidade.”

New York, New York!

 


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