O cão condena
Dio Santanna
Não
Não é ficção
É dor exposta
Rasga a pele
Dói a carne
O osso
Nada de alma e
Dessa tal de esperança
É arte nua e crua
Arde
Não
Não é minha
A culpa
Todos os desejos
Ensejos meus
Olhos fixos
No crucifixo
E sigo
Em paz
Não
Não é tese
Nem estatística
É sangue
Que quase não pulsa
Expulsa
Não lateja
E o cão
Condena
Porque
Late