Andrzej Dudzinski por Regina Starosta

Alegoria

Regina Starosta

Tenho na minha frente a gravura feita pelo artista polonês Andrzej Dudzinski. É um homem estilizado, sentado na cama num quarto de hospital, ligado por fios para controle de sinais vitais.

Está acabrunhado; pensa: o que será que me aconteceu? Não sabe o porquê de se encontrar ali e nem como foi parar lá. A última coisa da qual se lembra é a de estar em sua casa, ao lado da mesa, e que, de repente, veio um apagão. Agora, a luz voltou e ele não está entendendo o que lhe aconteceu. Precisa de uma explicação. Entra um, entra outro e ninguém lhe fala nada. Só nota que usam roupas esquisitas. Finalmente, alguém vestido como um astronauta apresenta-se como médico e o esclarece: o senhor está com Covid-19.

Esta é uma epidemia que pelo seu alcance é chamada de pandemia. É o resumo do que está acontecendo no planeta todo.

Olhado através do microscópio o vírus, numa representação gráfica, assemelha-se a uma bola colorida, cravejada de pequenos cones. Por isso chama-se Corona; seria belo, se não fosse fatal.

Somos todos vítimas. Longe de nossos entes queridos, procuramos manter a moral alta como defesa para não sucumbir. Cada um reage como pode, faz uso de sua criatividade e sem imaginar ter dons oculto. Estava guardado em caixas nos porões de sua vida. É incrível a capacidade de reação do ser humano, ele não se dobra.

Bons ventos sopram anunciando a descoberta de vacinas: Estão em fase de teste; é só uma questão de tempo.


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