2 Phil Devries

Fato ou foto?

De todas as cores hoje percebi que ali falta a mais nobre. Aquela moldura em preto e branco fotografada à moda antiga quer representar a liberdade de expressão. Quer tornar imortal uma cena única. Numa mistura de raças ou etnias.

Não me engane, nesta paleta, não tem a minha cor. A minha cor é rara. É representada pelo eclipse. Tido como fenômeno, tornando o dia e a noite negros. Escuro. Espetáculo para admiradores, enche de expectativa a mente dos cientistas e pesquisadores.

A cor negra representa respeito pela morte. Aquela estampa sem cor, mostrada por risos. Tudo branco. Escolhido a dedo. E eu? Continuo escravo na mente? Preso, escondido nos bastidores, no palco da vida fora das vistas dos expectadores, nunca fui protagonista.

Aquela foto envelhecida em preto e branco não representa a minha cor. Se a minha cor confunde, no ventre ela funde, na mistura do amor. Não me assusto. Tampouco me espanto. Até quando vão resistir? Privar o meu valor, não estou à venda.

Sou uma joia rara. Não tenho preço.


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