A dissertação da socióloga Alberta Limonta lança um olhar perspicaz e percuciente sobre as semelhanças e diferenças entre as personagens das histórias em quadrinhos Super Homem e Mulher Maravilha.
As histórias do Super Homem foram criadas no final dos anos 1930 pelos estadunidenses Joe Shuster e Jerry Siegel. As histórias da Mulher Maravilha, por sua vez, surgiram logo depois, em 1941, criadas por William Moulton Marston, Harry George Peter e Elizabeth Marston, também oriundos da terra do Tio Sam.
A Mulher Maravilha tem diversos superpoderes: força, invulnerabilidade, fator de cura, sentidos aprimorados, agilidade sobre-humana, projeção e manipulação de energia, criação e manipulação de eletricidade, voo, velocidade e longevidade. Os Marston criaram a personagem, desenhada por Peter, pretendendo que fosse um símbolo da líder ideal, capaz de governar com força, serenidade e amorosidade. Oriunda da Ilha Themysira, uma civilização de amazonas, teria sido enviada à terra para propagar a paz, a igualdade e a liberdade, possuindo as habilidades descritas, e muito especialmente o Laço da Verdade e os Braceletes da Vitória.
Já o Super Homem nasceu no Planeta Krypton, com o nome de Kal-El, tendo sido enviado ao nosso planeta por seu pai, um famoso cientista, pouco antes da explosão de Krypton. O foguete com o bebê foi achado por seus pais adotivos, os fazendeiros Jonathan e Martha Kent, tendo adotado o nome de Clark Joseph Kent, e trabalhado como repórter no Planeta Diário, da cidade de Metrópolis. O Super Homem tem muitos superpoderes, tais como: força, velocidade e audição, invulnerabilidade, visão de calor, raio X e telescópica, voo e sopro congelante. A kriptonita, um mineral criado a partir dos restos do planeta Krypton, tem o poder de retirar e/ou enfraquecer os superpoderes do herói.
Limonta detalha, numa linha do tempo que percorre todas as diversas alterações sofridas pelas personagens dessas histórias em quadrinhos, desde sua criação até os dias atuais, as diferenças e semelhanças entre o herói e a heroína em questão. Conclui que a vulnerabilidade da Mulher Maravilha é a sua humanidade, representada pelo Laço da Verdade e os Braceletes da Vitória, já que seus criadores não detalharam um outro elemento de enfraquecimento de seus superpoderes – como a kriptonita em relação ao Super Homem.
Conclui também que os leitores e as leitoras amam essas personagens, porquanto lhes permitem sonhar com um ideal de homem e mulher capazes de viver – sempre a postos, mantendo secretos seus dons e superpoderes, tendo como razão de viver eternamente, já que imortais, nada mais, nada menos, do que salvar a humanidade dos males que surgem a todo instante e das maneiras mais inusitadas.
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