O amor nunca anda sozinho. Ele carece de companhia.
Quando chega, traz consigo alegrias, palpitações, desejo pulsante de vida. Contudo, quando decide partir, muitas vezes, sem aviso prévio, arrasta consigo uma multidão de coisas: a confiança na pureza do sentimento, a esperança de dias melhores, o ânimo para sorrir, a autoestima, e até a aposta no amanhã.
É certo que esse tempo tenebroso, passa. Em algum momento, recuperamos o fôlego e reconstruímos as pistas que nos levam ao centro de nós mesmos. Sim, porque o amor quando se vai, costuma sequestrar o nosso operador interno de voo. Ficamos sem rumo, sem bússola, taxiando em sofrimento, sem autorização para pouso.
Soltos no ar, sem combustível, vemos cair rapidamente a altitude da esperança. Despressuriza-se a motivação para novas viagens.
Por mais que os amigos apontem para um céu de brigadeiro, o que se vê são nuvens carregadas de dor a indicar forte turbulência e aproximação de tempestade. Porém, diante desse quadro, algo precisa ser feito.
Quer um conselho?
Force um pouso de emergência. Não tenha medo de tocar o solo. O impacto pode causar avarias, mas, acredite, não destrói a aeronave.
Ao desembarcar, brinde ao renascimento!
Mesmo que o amor tenha levado a outra taça, mesmo que só tenha sobrado um único tim, do amado tim-tim. Erga a sua taça, comemore a sua força, celebre o seu valor. No final das contas, o melhor destino é aquele que surpreende o viajante e ensina novos rumos.
Amar é um voo que demanda piloto e co-piloto, mas se um deles abandona a cabine, o piloto automático deve ser acionado provisoriamente. Se preciso for, pouse, repouse, refaça o roteiro, mas não permita que te roubem o prazer de viajar, desbravar, conhcer, amar o amor.
Com Tim-Tim ou simplesmente Tim, comemore a coragem de voar!