“Eu moro em mim mesmo”,
Mário Quintana
Não dei frutos, fiz poesia
Na minha introspecção, fluí
Traduzi a natureza , zombei dos homens
Vi girar os cataventos e me plantei nas páginas da primavera
Da janela do horizonte vi os passantes em gaiolas
Testemunhei os hipócritas cumprindo suas penitências
Senti os galhos da Tipuana me alcançarem
Acompanhado da solidão, enchi de folhas as quatro estações
Do fim até o início
Me despedi da cidade sem rio
E no final devaneio
Me deitei de sapatos nas águas do Inhanduí
Perfeita composição entre a linda imagem e as mudanças da nossa relação com a cidade! e nossas emoções… fluindo como as estações.