“Os olhos são o espelho da alma”, dizem os etéreos poetas.
Não me considero uma poetisa, apesar desse dom estar em fase embrionária dentro das minhas entranhas. Mas ouso dizer, que meus dedos transitam com facilidade no teclado das crônicas, mesmo ainda uma aprendiz de feiticeira.
E, como boa aluna e sem querer superar os mestres, reescrevo essa frase da seguinte forma: Assim como os olhos são o espelho da alma, a água é o eco do corpo.
Olhos, água, espelho, eco, alma e corpo, dançam entre si com a energia que os envolvem. Quase um swing. As vezes de forma frenética, outras com a suavidade de uma pluma. E no frenesi desses momentos ouvimos gargalhadas, choros, esperanças e conflitos. Na plenitude, podemos escutar o amor e a paz através das notas musicais dedilhadas numa harpa. Esse caldeirão de sentimentos anda de braços dados, não se desgrudam nem se separam. Assim é a vida e a arte também.
Tornamo-nos reféns desse emaranhado de sentimentos. Somos sugados para esse enredo novelesco chamado vida. E, apesar de muitas vezes nos sentirmos sufocados, não temos vontade de irmos embora. Mas a vida é assim, como os livros, sempre tem a última página. E sempre será.