“O amor acaba”, crônica de Paulo Mendes Campos, emprestou seu título para uma coletânea publicada em 1999 pela editora Civilização Brasileira (republicada em 2013 pela Cia das Letras). Ali, o escritor nos confidencia o final do amor em instantes tão prosaicos como “num domingo de lua nova”, ou com líricas metáforas: “no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores”. Tudo para nos dizer que o amor acaba a qualquer minuto “para recomeçar em todos os lugares”, bem como uma nova página a ser escrita.
Para celebrar a memória deste escritor fundamental, o seleto grupo de cronistas da oficina literária Santa Sede aceitou o desafio de reescrever o livro “O amor acaba”, na crença de que, como no amor, uma obra pode recomeçar em todos os lugares. Especialmente na mesa do bar, entre amigos cujo ponto de convergência é a paixão pelas palavras. Assim nasceu “A persistência do amor” (Ed. Buqui), antologia de crônicas que será lançada hoje, às 19h, no Apolinário (Rua José do Patrocínio, 527). Ali onde nos reunimos para compor muitas histórias. Boas histórias. Necessárias. Sublimes.
Cronistas: Silvia Duncan, Paula Luersen, Linda Grossi, André Hofmeister, Maria Isabel Arbo, Ana Luiza Tonietto Lovatto, Patrícia Franz, Michele Justo Iost, Felipe Basso, José Elias Flores Jr., Tetê Lopes, Marta Leiria, Maria Lucia Meirelles, Dora Almeida e Rubem Penz.
Organização: Rubem Penz
Editora Editora Buqui