Há uma regra nas Safras que nasceu em 2010, junto com a oficina: nossos cronistas nunca participarão de duas antologias. Ou seja, é uma experiência única. Depois, se for voltar à mesa de boemia crônica, será em livros Master Class, nos quais se misturam escritores novos e antigos. Turma, turma mesmo, é sua Safra. Por isso, livros como este que o leitor tem em mãos são preciosidades: absolutamente únicos e inigualáveis. Adjetivos que casam com as turmas que os compõem.
Outra vez, jamais é um título que resume tal situação, e seus cronistas formam uma das mais afetuosas mesas da nossa história. Eladir e Tânia, a dupla com contribuições cirúrgicas em cada texto, demonstram muita solidariedade; Elaine e Carmen, ambas com textos engajados e combativos, escrevem a plenos pulmões; Janice e Jéssica ganham a admiração de todos pela sedução das costuras sutis; Nayara e Bete, de histórias tão diferentes, se igualam na exata capacidade de explorar suas particularidades; e, honrando a classe dos rapazes, Luciano transborda carinho e capacidade de atenção aos detalhes da vida.