Não conheço o Rio Amstel, nunca estive em Amsterdã. Já vi algumas fotos.
Não conheço o Rio Sena, nunca estive em Paris. Já vi algumas fotos. Também vi algumas cenas cinematográficas.
Em ambos me chamam a atenção a presença de embarcações. Talvez a maioria delas de caráter turístico. Acho que li em algum lugar que algumas das embarcações no Rio Amstel servem como residência.
Aqui em Porto Alegre temos esse quase mar que é o Guaíba. Que boa parte dos porto-alegrenses tem emocionalmente como rio e que, ultimamente, foi classificado como lago, tendo em algum momento no passado sido classificado como estuário. Certo é que ele recebe os fluxos dos rios Jacuí, Sinos, e Gravataí. Talvez mais, perguntem aos geógrafos.
Essa imensidão de água até é explorada turisticamente. Por exemplo, há uma linha regular de transporte hidroviário ligando Porto Alegre à vizinha Guaíba. Há também uns quantos barcos que fazem pequenas linhas turísticas, em geral circundando o arquipélago formado pelas ilhas do delta do Rio Jacuí.
É tanta água que é incomparável.
Talvez uma comparação possível desses pequenos fluxos que cruzam cidades fosse o Arroio Dilúvio. Esse arroio que nasce no município de Viamão e flui através do leste de Porto Alegre até desaguar no Guaíba foi retificado na década de 1940.
Eu conheço um pouco os Rios Pinheiros e Tietê em São Paulo. Quando o Dilúvio aumenta o seu fluxo por conta de chuvas, não me parece que ele deva muito aos rios paulistas.
A navegação no Pinheiros e no Tietê parece que basicamente não é explorada.
O autor Giancarlo Carvalho em seu livro As Mitologias Roubadas, Os 12 Trabalhos, cogita que na segunda metade do século XXI, após Porto Alegre ter passado por uma catástrofe ecológica e sido reconstruída, o Dilúvio é despoluído e tornado navegável.
Quem sabe?