Foram chegando devagar, como flores murchas
No coração, a bagagem do amor ou da solidão
No olhar, a indagação, mais do que a esperança
Algumas achavam que sabiam tudo; outras sabiam que nada achavam
Da história de cada uma, fez-se a união
Sempre sofrida
Da amargura, fez-se a alegria
Aos poucos, foram sentindo a magia do seu toque
Nas ruas, nos ônibus, nas casas, nos seus recantos
Contagiante, espalhou-se
Pelo ar, para seus filhos e para os filhos dos seus filhos
Chegaram a temer a força que viram
Sentiram
Almas batucando sem retorno
Mãos dadas
As flores murchas insuflaram-se por toda a parte
Encantaram-se e cantaram