A curiosidade em saber o que se escondia do outro lado da janela fechada me fez, sem querer, desviar o olhar para o resto da sala, quase escura. Foi então que avistei uma máquina. Aquela janela guardava, no interior da sala, uma velha máquina de costura, sem nenhum indício claro de uso recente, talvez esquecida pelo tempo.
Novamente, me perguntei: o que seria revelado se aquela janela fosse aberta?
Talvez uma paisagem infinita de verde natural, com árvores imponentes ou um pasto desgastado pelos animais, abandonando suas marcas. Ou quem sabe, um jardim bem cuidado, adornado com rosas e flores variadas, todas com nomes femininos?
Ou ainda, pequenas ervas daninhas, nascidas ao acaso, mas enfrentando grandes desafios para sobreviver?
E a máquina? Seria ela esquecida, sem dono, guardada após longas jornadas de trabalho? Quem sabe, em dias de costuras encomendadas, com moldes ou sem, vestindo manequins sem vida, mas que, de graça com seus laços enchiam “de graça” os olhos de quem ali se assentava?
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