“Klau”
Juçara Silva Só
Em seu blog, Tião Lucena inicia artigo com a frase “Ponha um Rei na masmorra e ele continua sendo Rei. Ponha um palhaço no castelo e ele continua sendo palhaço.”
Neste país de tantas possibilidades, se calcularmos as certezas subtraindo delas as dúvidas, teremos um resultado incalculável, algo de absurdo para nosso impávido colosso. Ainda assim, vivemos debaixo de uma grande lona.
Embora tenhamos reis em nossos dias, no carnaval, no cinema e nas brincadeiras de crianças, estamos mais para palhaços que, manipulados pelos maniqueísmos modernos, nos batemos e debatemos sem sentido, perdendo a graça e assistindo à derrocada de todos na desgraça do Coringa maior. Será que temos mesmo um rei na masmorra? Um rei que, mesmo desnudo de sua condição moral, tem o espírito e a ideia permanentes a vingá-lo, seja nas ruas ou nos espaços virtuais, nos tribunais ou nas praças, nos barracos ou nos palácios? Sua sombra não parece mais perturbar, assombrar e desatinar estas hordas de palhaços que, por ora, lideram o espetáculo.
Assim parecemos passageiros num trem sem destino, sem tripulantes, onde nos tornamos quase invisíveis, imperceptíveis e sem expressão. O palhaço, ele sim é a figura nítida, iluminada, cheia de desconfiança pelo olhar enviesado, perdido com seus pensamentos.
A alienação vem de longe e para muito longe também irá.
O tabuleiro do jogo, que sutilmente veste, está somente a demonstrar quem está na vantagem, ditando as regras. Enquanto cabeças rolam e torres são tombadas, os interesses travestidos de moral sobrepujam todas as piores expectativas. Se alastram, se fortalecem, se aprofundam como raízes num grande brejo.
Quero parar na próxima estação! Quem vem comigo?
Xeque mate, “Klau”!
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