Era dezembro de 2010, por um motivo que não consigo lembrar estava em viagem para Dubai junto com outros dois amigos da época. Para baratiar a viagem não compramos o voo direto da Emirates de São Paulo para o Emirado Árabe. Preferimos uma viagem com conexão em Amsterdã, da companhia áerea holandesa KLM. Depois de mais de dez horas de voo, chegamos a Amsterdã no final da manhã. Tinhamos sete horas até o próximo, então decidimos ir aproveitar um pouco e ir conhecer a cidade. O trajeto do aeroporto para o centro já foi uma novidade. Fomos de trem. Os famososo trens europeus. Coisa rápida, uma viagem de quinze minutos. Mas o melhor ainda estava por vir.
Descemos na Amsterdam Centraal ou Central Station como costumamos chamar. Um prédio antigo, bonito, com várias plataformas para trens, estação de ônibus, tram, ferrys e até navios xxxx por ali. E como o nome já diz, super bem localizada na cidade. Saindo da estação, o vento cortante do final da primavera nos pegou de casaco, mas sofrendo de frio nas extremidades.
Mesmo encantado com todo aquele ar europeu, os canais, os clássicos prédios meio tortos e o trânsito louco das bicicletas, o vento gelado me obrigou a parar numa das tantas lojas de souvenirs para comprar um gorro com orelhas e um par de luvas. Nos chamava atenção a quantidade de produtos fazendo referência a cannabis e ao famoso bairro da luz vermelha, o Red Light District, onde garotas de programa oferecem seus serviços em vitrines e atrai milhares de turistas curiosos. Por lá também ficam muitos dos famosos Coffee Shops, os locais onde é permitida a venda e o uso da maconha. Imagine a brisa dentro de um deles.
Outra coisa nos marcou nas poucas horas que estivemos na bela cidade holandesa foi a grande quantidade de lojas vendendo batata frita estilo belga. Elas impressionam pela quantidade de batatas já cortadas a mostra. A batata é cortada um pouco mais curta e gordinha do que as mais normais por aqui. São servidas e um cone de papel e em alguns lugares no valor já está incluído um ou dois molhos, em outros você paga os molhos separados. Eu que não sou muito dos molhos, fui em dois do meu interesse, cheddar e maionese com alho. Uma delícia.
Em seguida paramos no Susie Saloon para fugir do frio e tomar uma cerveja. Tomei uma famosa cerveja local, a Heineken e salvo levedo engano, meu primeiro pint de Guiness da vida.
Foi com essa mistura de charme, loucura e de um lugar agradável de se estar de Amsterdã que a Europa já me encantou na minha primeira e rápida visita. Voltei logo em seguida e algumas outras vezes de lá para cá. Se você ainda não foi, fica a dica. Aproveite e tome uma cerveja e coma uns fantásticos queijos holandeses por mim, no mais, curta Amsterdã, mas aprecie com moderação.