Ananyr Fajardo em foto de Iara Tonidantel

Díades

Ananyr Porto Fajardo

Entre os signos do zodíaco, apenas Gêmeos e Peixes são representados por pares. No primeiro, a dupla anda de mãos dadas enquanto, no segundo, cada elemento nada em direções opostas.

Os geminianos preferem estar na companhia de alguém – na verdade, me parece que, por definição, sempre estão com seu outro – e têm predileção por atividades ao ar livre em plena criatividade. Mesmo confinados, são muito comunicativos e espirituosos. Seu raciocínio é rápido e são versáteis quase ao infinito. Sua agenda é repleta de anotações riscadas, seja porque a meta foi rapidamente alcançada, seja porque não é mais importante e já foi substituída por outra. Seu lema poderia ser “enquanto você está indo, eu já estou voltando” – às vezes de maneira errática.

Já os piscianos são intimistas e preferem um ambiente menos rumoroso. Mantêm listas meticulosas de afazeres que vão organizadamente resolvendo e são persistentes (para não dizer obsessivos) na busca de seus propósitos. São conhecidos pela autossuficiência, ponderação (talvez até demais) e espiritualidade. Seu desafio é seguir junto com alguém, pois o desejo é manter-se em certo isolamento, e seu altruísmo pode chegar às vias da vitimização, como quem diz “se não fosse eu, ninguém conseguiria, mas a que custo!”

Enfim, os geminianos tendem a ser ecléticos, divertidos, dispersivos, enquanto os piscianos são mais tolerantes, curiosos e focados. Um signo é movido a emoção, o outro pelo pensamento. Um vive para fora e o outro é aconchego. Um é “e”, o outro é “ou”.

Agora, imagine um geminiano com ascendente em Gêmeos: tudo se quadruplica! E como seria um casal formado por dois piscianos?

Enfim, os pares de geminianos e de piscianos na minha vida sabem do quê (e de quem) estou falando.

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